ARTEMIS



PODEMOS ser aquilo que nos PERMITIRMOS, quando finalmente crescermos.

Ontem, devo ter enchido os miolos de algumas pessoas, então, guardei um pouquinho do que tinha a dizer para hoje.
Uma característica que tenho é essa obsessão em ser super-explicativa. Na tradução de muitos: chata que não consegue parar de falar sobre o mesmo assunto. Tudo bem, assumido! Chata ou não, o que não posso aceitar de mim mesma é ter deixado alguma dúvida sobre aquilo que quis dizer.
O problema, é que, já percebi, muitas vezes isso se volta contra mim. Explico tanto e esmiúço algum assunto, na esperança de ser o melhor entendida possível e acabo cansando o coitado que tem a tarefa de ouvir minha ânsia explicativa.
Mas, o que se pode fazer? Ao menos tenho a boa intenção de não deixar nada mal-entendido.
Feito esse LOOOONNNGOOOO adendo para explicação da minha obsessão explicativa, voltemos ao blog:
Faltou contar da minha intenção de publicar também alguns, do que chamo, “meus escritos”: contos, crônicas, etc, além das já citadas divagações do dia-a-dia.
Ainda não contei a vocês que tenho o costume de escrever. Se escrevo mal ou escrevo bem, isso não o sei. O que sei é que gosto muito de escrever.
Acredito que qualquer coisa que não cause prejuízo a nada nem a ninguém e faça pelo menos uma pessoa feliz (nesse caso, eu mesma), é uma coisa boa. Não necessita de “autoridades” que a qualifiquem como tal. Um outro modo de enxergar o assunto é tratado em Relevância para blogs explicada em menos de 140 caracteres
Dentre as muitas coisas que pensei em ser quando criança, uma, foi escritora. Também pensei em ser astrônoma, cantora, pianista, poliglota e, certamente, química.
Não, a química não foi uma escolha do acaso ou da conveniência da oferta de cursos, sempre quis saber o que formava o muuuiiito grande ou o muuuuiiito pequeno e como isso tudo funcionava. Como era uma questão de “ou”, achei que o muito pequeno estava mais ao meu alcance. Alcance físico mesmo, assim teria mais chance de interagir com meus objetos de estudo.
Escolhi então a química. Tive sorte, pois nunca fui uma pessoa muito voltada para as questões muito práticas da vida, só mais tarde soube que para ser astrônoma, o caminho era bem mais longo e não estava disponível para os meus recursos de aluna de escola pública.
Bem, mas eu falava era da literatura!
Sempre fui uma leitora ávida. Tudo o que aparecia eu lia, até porque os livros não eram muito disponíveis. Logo quis também escrever, e o primeiro dinheiro que ganhei com o meu próprio esforço foi em um concurso literário do município. Setenta... alguma coisa. Quem poderia lembrar da moeda corrente na época, depois de tantas que conhecemos?
Continuei sempre escrevendo alguma coisinha, e muitos, simplesmente joguei fora quando achei que tinha me tornado adulta e devia me despedir das “bobagens” da infância e adolescência.
Depois dessa longa fase de auto-engano, onde sempre me senti como se nunca saísse dos dezesseis, creio que talvez tenha então crescido, pois, me sentindo adulta entendi que não se pode estar certo de nada em momento algum. Compreendi, com esforço, que tudo que existe está em mutação. E isso é bom, não precisa ser assustador.
Voltei a escrever!

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