ARTEMIS
Nossa rápida caminhada até o Mundo de Hoje - PARTE I

A atualidade nos trás muitas coisas novas em termos de conhecimentos e tecnologia. O que torna nossas vidas mais confortáveis e interessantes, mas também causa o aparecimento dos problemas devidos à modernidade. Tais como crimes que envolvem a internet, doenças e transtornos ligados aos hábitos de nossos dias.
Junto a isso, um novo tipo de segregação social, aquele que separa as pessoas que puderam adquirir bases para apreender as exigências, bastante recentes, que se impõem à pessoa comum,  como a manipulação dos produtos do conhecimento tecnológico.
Nem que seja aquele de saber apertar teclas em aparelhos. Pois, na verdade, não se trata somente disso. Trata-se de saber da existência do aparelho, para que ele serve, como ele funciona, de que maneira utilizá-lo. Observando atentamente, uma grande quantidade de informações está envolvida em algo aparentemente simples.
Pois, se para nós que estamos nesse momento escrevendo ou lendo utilizando como veículo nossos computadores pessoais, isso parece natural e sempre presente, sugiro observar as agências bancárias, por exemplo, para que lembremos que esse é ainda um mundo restrito a não muitas pessoas, apesar de estar definitivamente instalado em nosso cotidiano.
Pode-se ver pessoas que, de uma hora para outra, têm de aprender a utilizar aparelhos para emitir senhas para que sejam atendidos, utilizar os caixas eletrônicos para realizar operações que, há não muito tempo, eram feitas através do atendimento por uma pessoa.
O mundo em que vivemos é, antes de tudo, um conjunto de muitos mundos convivendo. Então, quando escrevo, no parágrafo acima, “de uma hora para outra”, isso se refere a um desses mundos. Ao dessas pessoas às quais me referia, que não tiveram acesso ao que para nós, que agora nos comunicamos, já faz parte do corriqueiro.
Onde esse "para nós", no qual me inclui, também pode ser subdividido. Pois, se para algumas pessoas esse já é o seu mundo de nascimento, para mim, é o que tenho de ir aprendendo diariamente. Felizmente, com a oportunidade de acesso a meios para esse aprendizado.
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Nossa rápida caminhada até o Mundo de Hoje.


Alguém ainda tem alguma dúvida de que nosso mundo está em um processo de mudança que se pode medir em uma aceleração de crescimento exponencial?
A todo o momento são criadas novidades tecnológicas, conceituais. O que consideramos novo hoje, amanhã, já é aquilo que serviu para dar origem ao projeto do que será criado depois de amanhã. Quando já não está superado amanhã, por outro “novo”.
Já estamos tão habituados a esse nosso mundo “mutante instantâneo”, que sequer percebemos que apenas cerca de 30 anos o mundo conseguia existir sem a internet, que a apenas uns trinta e poucos anos pôde-se ter computadores dentro de uma casa, PC`s, e não ocupando salas ou prédios inteiros, que a apenas a cerca de 60 anos existem televisores no planeta Terra (tem muita gente cheia de vida ainda com essa idade, não tem?),  e que meus avós consideravam um luxo ter um rádio em casa.
E quanto aos hábitos, costumes e valores? Também nesses setores as mudanças estão sendo profundas e em processo de aceleração contínua.
Temos hoje novas estruturas familiares, ou até mesmo nenhuma estrutura. E isso, apenas tomado um exemplo, dentre tantas outras possibilidades de temas, os quais não são mais necessariamente conceituados dentro de valores estáticos de bom ou ruim, útil ou inútil, saudável ou insalubre.
Como foi para essas últimas gerações, que sentiram em suas próprias vidas esse período último, que marcou a transição entre um mundo em fase de mudança em alta velocidade, para um mundo em mudança com aceleração contínua e crescente?
Tenho ouvido muitos depoimentos sobre o mundo já passado, desde a minha infância, vivido as minhas próprias experiências, sentido e analisado essas transformações, e continuo a acompanhar o que se desenrola dia a dia nesse nosso planeta, informação potencialmente acessível a todos, devido exatamente às transformações do planeta. Acompanho até mesmo o que se prevê para o futuro, devido às possibilidades do que já temos em nosso mundo.
Esse grande salto do qual estou sendo testemunha ocular é algo que me causa um grande fascínio e me faz sentir honrada, pela possibilidade de fazer essa ligação entre um passado ainda recente e um futuro bastante próximo, mas que poderão apresentar tantas diferenças entre si que talvez não fossem capazes de se reconhecerem como representantes do ser-humano distanciados por apenas 50, 60, 70 anos.
Tempo suficiente para a expectativa de vida de apenas uma pessoa, em algumas sociedades nos dias de hoje.
Estou aceitando meu auto-desafio de tentar fazer um panorama desse cenário de mudanças, visto do ponto de vista da pessoa comum. Ou, “dessa” pessoa comum que lhes escreve.
Pretendo escrever uma série de textos sobre o assunto, que chamarei de: Nossa rápida caminhada até e o Mundo de Hoje.
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