ARTEMIS

Onde foi parar o cara? Eu juro que não o imaginei!

Cansei cara!
Se existe o tal troféu de “a maior teimosa do mundo”, que eu andei ambicionando, não quero mais ter a menor notícia de tal objeto, ao menos quando relacionado a esse assunto: O TAL CARA.
Eu hein? Andei correndo atrás de um cara, primeiro com as piores intenções possíveis (coisa que eu nunca vi um homem heterossexual reclamar), fazendo o possível para me adaptar e passar por cima de toda a minha criação conservadora e retrógrada para libertar a mulher que eu achava que eu merecia ser, para esse cara que eu achava merecer esse produto a ser desenvolvido.
E ele me deu o maior apoio, no início, foi legal, compreensivo, paciente e invasivo na medida que eu precisava. Imaginei que tinha achado um caso raro de homem contendo doses bastante boas de inteligência e sensibilidade. Não que tivesse a sensibilidade de algum artista, porque bem que precisamos do “ogro” dentro deles de vez em quando para equilibrar nossas muitas “frescuras”.
Mas com “ogro”, não quero dizer completo afastamento e perda de foco no que é ter uma mulher ao lado, e não um cavalo, um centro-avante (como se eu soubesse o que é isso), ou um concorrente nos negócios.
Ninguém é perfeito, nem ele, claro, mas se saía surpreendentemente bem para alguém que mal me conhecia e era evidentemente de uma realidade muito diferente da minha.
E o sexo.... Hummmm.... Sensasional!!!!!!
Vou ter de deixar de lado a menininha de família, que teima em morar em mim e me censurar o tempo todo, para dizer que talvez tenha sido esse o principal fator de tanta insistência.
Até mesmo quando o cara simplesmente parece ter sido abduzido por extraterrestres e trocado por um robô monossilábico e sem graça, e o que é pior, sem a menor consideração pelos sentimentos dos outros (no que estou me dando o direito de seguir o mesmo padrão aqui, depois de aprender com várias “ogruras” descabidas), eu ainda insisti um pouco, talvez guiada pelo que minha vovó chamaria de “luxúria”, mas no fundo com a boba esperança de que ele estivesse “passando por um período difícil”.
Como último recurso, desisti do sexo, e tentei reconquistar o amigo (vai que eu o tivesse ferido de alguma maneira com esse meu jeitinho sutil). Pedi desculpas por qualquer mal-entendido, e propus um recomeço na base da mais simples amizade (e juro que ia me esforçar para cumprir).
Não deu resultado. Os extraterrestres não desfizeram a troca. Então, agora tenho de dar o meu teimoso braço à torcer e aceitar a perda do que considerei uma jóia rara, mas que aparentemente, sequer existia. Já há algumas semanas não tenho notícias dele.
Desisti! Saí fora! Ainda dizem que nós mulheres somos as complicadas!
Que pena! Tomara que as garotas extraterrenas saibam tirar bom proveito da sorte que tiveram com esse ser que abduziram.
Quanto a mim, vou ter de me acostumar com a idéia de que, tava bom demais para ser verdade, ou para ter durabilidade.
Bye, Bye meu OGRO!!

P.S.
Achei que esse era o fim da história, quando escrevi isso há umas semanas atrás.
Mas, para minha surpresa, reapareceu. Deu pequenos sinais de querer alguma comunicação e pôde contar com a curiosidade feminina para ajudar nesse sentido.
Retornou de mansinho, como se nada houvesse acontecido ou tivesse sofrido uma amnésia (conta outra!). Mas era o meu OGRO novamente! Tal como antes, com as qualidades e defeitos que o fazem único e, de alguma maneira que não entendo, especial para mim.


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