ARTEMIS

A começar pelo título desse texto, muitos fatos que pretendem ser tidos como “comunicação”, só nos levam á dúvida, ou ao mais comum e pior: às interpretações múltiplas e pessoais, quase sempre errôneas. O que geralmente pode se transformar em grandes problemas em diversos tipos de relacionamentos interpessoais, desde o amoroso até o de trabalho.
Por favor, não usem a “interpretação” para supor que estou tentando falar mal ou contra a indispensável e sublime “comunicação” ou à muito valorosa ‘interpretação pessoal”.
O a que tento me referir é sobre os problemas que podem ser ocasionados quando se tenta dizer “A” , e o ouvinte entende “B”.
E isso, quase sempre, não se deve a variados graus de surdez, ou uso de dialetos ou línguas estrangeiras ou mesmo por alguma espécie de “maldade” por parte de quem recebe a informação; não que essa última opção possa ser descartada, mas não acredito que ocorra com tanta freqüência quanto se acredita.
O que penso acontecer, é que cada pessoa é única (isso não é novidade). Seu cérebro é único, sua cultura pessoal é única, e até mesmo sua fisiologia e metabolismo são únicos. E todos esses fatores, e certamente muitos outros, atuam no momento em que o indivíduo recebe a mensagem e a processa, resultando em um “entendimento” desta que acaba sendo pessoal.
Se pudéssemos ter isso em mente, que nem sempre entendemos corretamente o que foi tentado comunicar, juntando isso à boa vontade e espírito de auto-crítica, certamente teríamos vidas sociais melhores. Melhores ambientes de trabalho, pois não ficaríamos “supondo” o que essa ou aquela pessoa disse ou fez. E melhores relacionamentos amorosos, pois sempre lembraríamos que nosso par, por ser outra pessoa, se expressa de maneira bastante diversa da nossa. Desfazer mal-entendidos seria algo mais leve e sem traumas, natural, pois se são duas pessoas, são duas falas e não uma.
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