ARTEMIS
Eu me recuso a não participar disso!
Eu! Uma pessoa que, por covardia, incompetência ou opção mesmo, decidiu não participar da “corrida pelo ouro”, do convencional, da segurança, do emprego público, daquele que for possível, ao preço que for cobrado, da saúde, da união familiar, do amor... Em nome do próprio bem estar!!!
Que decidiu que dinheiro, posição social, carreira, reconhecimento, estabilidade não compensam noites bem dormidas, sorrisos dados com sinceridade, abraços sem pressa, boa saúde, consciência limpa e muito mais tempo para o que realmente é importante: o amor de quem amamos e dos que nos amam.
Que resolveu não jogar no arquivo eterno os sonhos loucos dos dezesseis, mas sim trazê-los de volta à tona. Mesmo que não para executá-los em pessoa, mas para vê-los acontecerem, e sentir-se parte deles, mesmo que seja pelo fato de ter pensado que eles podiam ter sido feitos.
Sonhar em salvar o mundo com idéias belas e absurdas. Plantar jardins sobre as casas (eu juro que pensava isso na adolescência, e faria agora, se tivesse condições), guardar toda a água da chuva que fosse possível, poder viajar se teletransportando (alguém ainda vai fazer isso nas próximas gerações!)
Me recuso a não participar do que está acontecendo, dessas mudanças muito rápidas, dessas coisas que para mim são muito difíceis. De computadores, de tecnologias de eletrônica (sempre foi meu ponto fraquíssimo).
Mesmo que seja de modo capenga. Ignorante mesmo. Já há algum tempo perdi a vergonha de não saber, o pior é continuar sendo ignorante, é se aceitar assim, e desistir. Sei que sou muito boa em outras coisas e que, provavelmente, não vou me tornar uma expert em nada que não me cause uma paixão extrema. Mas se causar....Quem sabe?
Quero meus filhos com uma vida segura e “encaminhada”. Mas, devo confessar, que quero muito mais.
Quero que sejam felizes!
Quero que eles vivam bem, fazendo coisas de que gostem, que lhes dêem prazer. Coisas que possam fazer com paixão!
Sem que precisem encaixotar suas emoções para sobreviverem em mundo de convencionalismos, artificial e frio.
Eu os quero vivendo, e vivendo bem suas vidas, da maneira que lhes fizer mais vivos.
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